quarta-feira, 12 de junho de 2013

A luta continua!



No dia 10 de junho de 2012 Maringá contou com a 1º Marcha das Vadias, no qual centenas de mulheres e homens foram às ruas monid@s de cartazes, palavras de ordem e muita indignação com a situação na qual as mulheres são tratadas/vistas no Brasil e no mundo.

A luta não acabou! 
Temos consciência que nas últimas quatro décadas os movimentos feministas travaram muitas lutas e alcançaram muitas vitórias. Só que o machismo continua vigente, o patriarcado continua sendo um padrão na sociedade atual e infelizmente essa situação tem feito milhares de vítimas. A taxa de mulheres estupradas tem aumentado, as Políticas Públicas voltadas para as mulheres não promovem campanhas contra o machismo; a violência contra a mulher é uma realidade e na maioria das vezes é colocada de lado pelas autoridades, não é visto como um problema social e a efetividade da Lei Maria da Penha é praticamente inexistente.
Sem contar o fato das mulheres não terem direito de decidir o que fazer com o SEU próprio corpo, não possuirem o direito ao aborto livre e seguro!

Tendo em vistas esses aspectos dentre outros, no dia 03 de agosto de 2013 será realizado em Maringá a 2º Marcha das Vadias, a qual continuará a reivindicar a liberdade, a autonomia, o RESPEITO a todas as mulheres, sejam elas brancas, negras, heterossexuais, lésbicas... - e o fim de toda e qualquer OPRESSÃO que colocas as mulheres em posição de subalternas na sociedade.

Entre os dias 17 a 26 de julho acontecerá diversas discussões, oficinas, exibição de filmes como atividades integrantes da Marcha das Vadias.
Os detalhes das mesas de discussões, oficinas e etc serão divulgados nesse blog.

Não esqueça, no dia 03 de agosto Maringá irá marchar contra o machismo, preconceito e a opressão!
Vem pra luta, que a luta cresce.

4 comentários:

  1. O meu maior sonho seria ver as Marias e as Joanas que realmente são vitimas de toda essa violência e de toda essa opressão sendo alcançadas por esse discurso político e de reivindicação, aí sim eu daria mais valor a toda essa movimentação que a meu ver é desnecessária e pouco válida, afinal de contas "as vadias" que estarão nas ruas marchando e protestando são as mesmas que vão e vem sem sofrer violência alguma, que frequentam bares, lanchonetes e demais locais públicos sem sofrer um único ato de violência.
    Filme e debates pra acadêmicos pra mim é atividade acadêmica.
    Quero ver ir nas periferias e agir como realmente se deve agir.
    Esse é meu desabafo.

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  2. Meu amigo, não se realmente já participou de uma marcha ou conversou com aquelas que lá estão. Se não sabe, a marcha envolve mulheres, jovens, mães, senhoras, homens e até crianças. O machismo é uma construção histórica e cultural, que atinge todas as mulheres colocando-as de forma submissa e inferior aos homens. A violéncia não necessariamente precisa ser física pra existir. Você acha essa uma luta desnecessária e pouco válida, pois é homem e jamais saberá o que uma mulher sente nessa sociedade (privação dos direitos sobre seu próprio corpo, desigualdade de salários, a tripla jornada de trabalho e por ai vai...) As vadias, jovens acadêmicas a quem se remete (não sei se sabe) já sofreram sim violência doméstica em casa, já sofreram sim abusos em sua infância, já sofreram sim OS REFLEXOS DE UMA SOCIEDADE MACHISTA. A luta é de todxs e devemos sim nos movimentar contra aquilo que nos reprime e a favor de nossos direitos.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Com certeza, Barbara! Também por mentalidades como essa, que acreditam que só as classes violentam, é que marchamos!
      Convidamos o companheiro do desabafo a compor as reuniões democráticas e abertas da marcha para vermos como podemos trabalhar no sentido da sua proposta, desabafos por si só não colaboram com movimentos sociais. Precisamos de mais ideias de como efetivar o alcance às mulheres que são estupradas por seus maridos, que são submetidas a trabalhos domésticos infindáveis e a condições de opressão de classe gravíssimas. A naturalização do machismo está também em achar que somente a pobreza e o estupro fazem de uma mulher uma violentada.
      Para formar pessoas e lideranças intelectuais que estejam mais cientes das inúmeras, complexas e multifacetadas situações de violência contra a mulher, necessitamos de uma maior compreensão do tema pela academia, que, além da influencia política e ideológica na formação de inúmeros profissionais, lidera muitos movimentos sociais na cidade de forma muitas vezes insatisfatória e corrompida. Sem formação teórica, difícil nos esclarecermos e esclarecer sobre as reais condições de opressão da mulher.
      A marcha é apenas um ato público de denúncia e reivindicações pelo fim da violência contra a mulher, convocamos todas as pessoas que desejam um mundo mais igualitário a comporem as discussões sobre feminismoS dentro ou fora da periferia, no dia 27 ou em todos os demais dias do ano. O trabalho é constante e a luta contínua.
      Esperamos também que as pessoas que não se identificam com a Marcha das Vadias fomentem outros movimentos feministas ou por igualdade de gênero em nossa cidade. É uma grande satisfação perceber essa demanda!

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