tag:blogger.com,1999:blog-26320711006021302182024-03-04T20:30:28.528-08:00MARCHA DAS VADIAS - MARINGÁ II Marcha das Vadias de Maringá: 03 de agosto de 2013Marcha das Vadias - Maringáhttp://www.blogger.com/profile/11303521093216116134noreply@blogger.comBlogger14125tag:blogger.com,1999:blog-2632071100602130218.post-82639571697218327702013-07-29T19:56:00.000-07:002013-08-04T11:20:15.975-07:00II Marcha das Vadias de Maringá<div style="background-color: white; line-height: 16px; padding: 0px; text-align: center; white-space: pre-wrap;">
<b style="color: #741b47; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">DIREITO AO CORPO</b></div>
<div style="background-color: white; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<span style="color: #741b47; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<span style="color: #741b47; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 16px; padding: 0px; text-align: center; white-space: pre-wrap;">
<span style="color: #741b47; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Nem do Estado, nem da religião e nem do marido:</b></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 16px; padding: 0px; text-align: center; white-space: pre-wrap;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; line-height: 16px; padding: 0px; text-align: center; white-space: pre-wrap;">
<span style="color: #741b47; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>NOSSO CORPO NOS PERTENCE. </b></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A origem :</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A Marcha das Vadias nasceu em resposta ao depoimento de um policial na Universidade de Toronto, sobre segurança no campo universitário. O policial defendia que para se defender de estupros as mulheres não deveriam se vestir como "vadias" (sluts). A reação de indignação foi imediata, uma vez que este pensamento insinua que a é a própria vitima quem provoca o ataque. SIM, A IDÉIA É IMPORTADA, MAS BOA IDEIA TEM QUE SER DISSENIMADA.</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Após o ocorrido, diversas manifestações eclodiram no mundo e também no Brasil sendo realizada em diversos estados e cidades do Paraná, como Curitiba , Londrina, Ponta Grossa e em Maringá, que ocorreu no dia 10 de julho de 2012.</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Porque Marcha das Vadias ?</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O termo “vadia” não soa de maneira simpática aos nossos ouvidos, isto porque há muito tempo nossa sociedade machista se apropriou da palavra para resignifica-la de forma conotativa justificando as agressões, pelo simples fato de sermos “vadias”. A intenção de produzir uma marcha com o mesmo nome é resignifica-la novamente, ao mesmo tempo que polemizando, ironizando e brincando com o novo significado ao termo. </span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SIM SE SER LIVRE É SER VADIA, ENTÃO SOMOS TODAS VADIAS!</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 14px;"><br /></span></div>
<span style="background-color: white;"><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 14px;">Por que nós marchamos ?</span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; line-height: 14px;"><br /></span></div>
<span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3]" style="color: #333333;"><div style="line-height: 14px; text-align: justify;">
Este ano marchamos em Maringá para além do caráter de denúncia das diversas formas que a violência contra o gênero feminino tomam em nossa sociedade, mas sobretudo para questionarmos e desnaturalizarmos essas violências .</div>
<span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3].[0]"><div style="line-height: 14px; text-align: justify;">
Marchamos pela penalização de todos esses tipos de violência machista, seja ela física, institucional, moral, psicológica, sexual, doméstica ou por negligência.Por políticas públicas e leis eficazes, seja nas delegacias especializadas ao atendimento à mulher, nos juizados especiais, no Ministério Público, no Centro de Referência de Atendimento à Mulher, no Sistema Único de Saúde, bem como demais centros de saúde, no IML, no Conselho Municipal da Mulher, e na Secretária Municipal da Mulher. Para que toda a rede de amparo à mulher vítmia de agressão cumpra com o seu dever e seja acessível às mulheres, respeitando-as em suas pessoalidades .</div>
<span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3].[0].[7]" style="line-height: 14px;"><div style="text-align: justify;">
Pela igualdade de salários entre mulheres e homens no plano material e não apenas na lei (no papel).</div>
</span><span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3].[0].[9]" style="line-height: 14px;"><div style="text-align: justify;">
Para que o trabalho Do Lar seja reconhecido, valorizado e proteggido pela legislação como os demais trabalhos ou para que os trabalhos domésticos sejam uma tarefa divida justamente entre os homens e mulheres de uma casa! </div>
</span><span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3].[0].[11]" style="line-height: 14px;"><div style="text-align: justify;">
Pela liberdade das mulheres em expressar e exercer sua sexualidade sem que por isso sejam julgadas como provocantes, “fáceis”, vulgares ou potenciais vítmimas de estupro.</div>
</span><span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3].[0].[13]" style="line-height: 14px;"><div style="text-align: justify;">
Pela liberdade das mulheres realizarem seus desejos e serem dona de seus prazeres!Para não utilizarem nossa imagem na mídia como mero objeto sexual! Nossos corpos não são mercadoria! E nossa beleza não está padronizada em escala!Marchamos por educação sexual para poderem escolher, contraceptivos para previnir a gravidez indesejada e as DSTs, e aborto legal e seguro para as mulheres não morrerem. Pela vida da mulher!</div>
</span><span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3].[0].[15]" style="line-height: 14px;"><div style="text-align: justify;">
Pelo nosso direito de decidir sobre o nossa próprio corpo.Para que possamos exercer nossa liberdade nas redes sociaIs sem censura. Pela não confusão do nudismo com pornografia.</div>
</span><span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3].[0].[17]" style="line-height: 14px;"><div style="text-align: justify;">
Marchamos contra o racismo, pois as mulheres negras e mestiças sofrem muito fortemente a opressão de gênero somada à opressão étnica, possuem as piores condições de trabalho e salário, o acesso a saúde precário.</div>
</span><span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3].[0].[19]" style="line-height: 14px;"><div style="text-align: justify;">
Pelo fim da negligência com as mulheres indígenas que há mais de quinhentos anos sofrem agressões e estupros como de extermínio dos povos nativos do Brasil.</div>
</span><span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3].[0].[21]" style="line-height: 14px;"><div style="text-align: justify;">
Marchamos contra estereótipos do gênero e sexualidade, que enquadram homens e mulheres em papeis sociais e sexuais restritos, excluindo e marginalizando travestis, transexuais, transgêneros, gays, lésbicas e bissexuais; ou excluindo-os do direito de constituir família e de expor afetividade em público.</div>
</span><span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3].[0].[23]" style="line-height: 14px;"><div style="text-align: justify;">
Pelo respeito e seriedade no tratamento à violência contra as prostitutas, maiores vítimas da exploração capitalista do corpo e da opressão machista; pela não ocultação dos casos de violência e homicídios de prostitutas (sejam mulheres, travestis, transexuais ou homens).</div>
</span><span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3].[0].[25]" style="line-height: 14px;"><div style="text-align: justify;">
Para que as mulheres possam reconstruir suas vidas em qualquer fase ou faixa etária, nunca é tarde para realizar seus sonhos e anseios! Felicidade cai bem em qualquer idade.</div>
</span><span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3].[0].[27]" style="line-height: 14px;"><div style="text-align: justify;">
Para que possamos tomar consciência de que o especismo é uma opressão tão grave quanto o sexismo, e que suas origens são as mesmas: Uma hierarquização de uma parte que se julga superior a outra. Pela horizontalidade em todas as esferas da vida!</div>
</span><span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3].[0].[29]" style="line-height: 14px;"><div style="text-align: justify;">
Marcharmos para que os feminismos não sejam confundidos com sexismo, pois não há gênero superior, não há “machismo ao contrário”. O feminismo é a tomada de consciência da posição de subordinação de gênero, uma luta por direitos básicos e respeito à todas e todos.</div>
</span><span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3].[0].[31]" style="line-height: 14px;"><div style="text-align: justify;">
Lutamos para que todo tipo de discriminação seja extinta junto aos antigos conceitos decretados à mulher. </div>
</span><span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3].[0].[33]" style="line-height: 14px;"><div style="text-align: justify;">
Pela garantia da liberdade de ir e vir, sem que soframos qualquer tipo de violência no trajeto. Que não tenhamos que temer pelo estupro.</div>
</span><span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3].[0].[35]" style="line-height: 14px;"><div style="text-align: justify;">
Pela garantia de exercer nossa capacidade plena e fazermos uso do nosso corpo segundo nossas próprias decisões .</div>
</span><span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3].[0].[37]" style="line-height: 14px;"><div style="text-align: justify;">
Marchamos por uma vida digna para cada mulher, para todxs xs vítimas do machismo em nosso país, de toda orientação sexual, etnia e classe. Venha marchar conosco! Você não precisa abraçar todas as causas, mas se uma ou mais dessas questões lhe afeta ou comove. Venha para luta você também!</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 14px;"><br /></span></div>
<span style="font-size: x-small; line-height: 14px;"><div style="text-align: justify;">
Nem do Estado, nem da religião e nem do marido: NOSSO CORPO NOS PERTENCE!</div>
<span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3].[0].[39]"><div style="text-align: justify;">
QUANDO UMA MULHER AVANÇA, NENHUM HOMEM RETROCEDE!</div>
</span></span></span></span></span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3]" style="color: #333333; line-height: 14px;"><span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3].[0]"><span data-reactid=".r[2jx9f].[1][4][1]{comment286840714788768_289353154537524}.[0].[right].[0].[left].[0].[0].[0][2].[0].[3].[0].[43]"><br /></span></span></span></span></span>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Denuncie:</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Delegacia da Mulher (DM) - Maringá </span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Endereço: Rua Julio Menegetth, nº 195 - Bairro: Jardim Novo Horizonte</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Telefone: (44)3220-2500</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Busque Ajuda:</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Secretaria Municipal da Mulher de Maringá</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Endereço: Av. XV DE Novembro , 331, sala 02 Centro</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Telefone: (44) 3901-6545</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) Maria Mariá - Maringá </span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Endereço: Avenida Humaitá, nº 774 - Bairro: Zona 04</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Telefone: (44)3901-1093 Fax: (44)3901-1093</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) - Sarandi </span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Endereço: Rua Castro Alves, nº 2688 - Bairro: Jardim Ouro Verde</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Telefone: (44)3905-1900</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Cuide de sua Saúde:</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">CTA -Centro de testagem e Aconsehamento</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Exames de HIV, Sífilis, Hepatite B e C ( Teste rápido ou convencional)</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Atendimento de segunda à quinta-feira das 7:30 às 17:00 hrs</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Endereço: Rua Tabaetê esquina com Rua Assunção, s/n- Jardim Tabaetê – NIS Zona Sul</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-size: 11px; line-height: 16px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Telefones(44) : 3293-8334 ou 3293-8335</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Procure a Unidade Basíca de Saúde mais próxima de você, e exija seus direitos, como :meios de proteção de DSTs e contraceptivos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Tire suas dúvidas sobre a marcha de maringá,contate-nos pelo blog : <a href="http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fmarchadasvadiasmga.blogspot.com.br%2F&h=_AQF11V4j&s=1" rel="nofollow" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;" target="_blank">http://marchadasvadiasmga.blogspot.com.br/</a> </span></div>
</div>
Marcha das Vadias - Maringáhttp://www.blogger.com/profile/11303521093216116134noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2632071100602130218.post-18425880504821712182013-07-25T11:08:00.001-07:002013-07-26T05:10:00.042-07:00Teste : Você é feminista?<div>
<br /></div>
<b></b><br />
<div style="text-align: center;">
<b><b><span style="color: #4c1130; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><u>Responda as questões abaixo e saiba se você é feminista.</u></span></b></b></div>
<b>
</b>
<br />
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">1. Você concorda que uma mulher deve receber o mesmo valor que um homem para realizar o mesmo trabalho ? </span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">2. Você concorda que mulheres devem ter o direito a votarem e serem votadas?</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">3. Você concorda que mulheres devem ser as únicas responsáveis pela escolha da profissão, e que essa decisão não pode ser imposta pelo Estado, pela escola, nem pela família?</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">4. Você concorda que mulheres devem receber a mesma educação escolar que os homens ?</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">5. Você concorda que cuidar das crianças seja uma obrigação de ambos os pais?</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">6. Você concorda que mulheres devem ter autonomia para gerir seu dinheiro e seus bens ?</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">7. Você concorda que mulheres devem escolher se , e quando , se tornarão mães?</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">8. Você concorda que uma mulher não pode sofrer violência física ou psicológica por se recusar a fazer sexo ou a obedecer ao pai ou marido ?</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">9. Você concorda que atividades domésticas são de responsabilidade de todos os moradores da casa, sejam eles homens ou mulheres?</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">10. Você concorda que mulheres não podem ser espancadas ou mortas por não quererem continuar em um relacionamento afetivo ?</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">11. Você concorda que mulheres podem escolher a roupa que desejam usar , seja saia, shorts ou vestido, sem que isso represente uma ameaça de violência a ela ou seja um convite ao abuso sexual ? </span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cada resposta SIM significa assumir um ponto de vista feminista. Bem vind@ à turma!</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Agora que você também compartilha das mesmas ideias que nós, venha marchar no dia 03 de agosto contra o machismo! Se não compartilha venha também, esta convidad@ a conhecer nossas ideias!</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<b><span style="color: purple; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Vamos tod@s à luta! Contra o Machismo!!</span></b></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">* Texto extraído da Marcha das Vadias de Curitiba com algumas adaptações. </span></div>
<div>
<br /></div>
Marcha das Vadias - Maringáhttp://www.blogger.com/profile/11303521093216116134noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2632071100602130218.post-62402065629799808732013-07-25T05:58:00.001-07:002013-07-25T07:05:41.336-07:00Programação das Mesas de Debate da Semana Pré- Marcha das Vadias 2013<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333969116211px; line-height: 17.98611068725586px;">O debate é uma grande contribuição das comunidades internas e externas à Academia para as questões sobre a representatividade dos feminismos na Segunda Marcha das Vadias de Maringá da maneira mais plural possível. Enfrentemos o frio! Sempre às 19h30min, no Bloco H12- na UEM, sala Paulo Freire.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn3YnG9tPXVDVPV-fDSvEciudauRhtpVMWIEYzFCb8d-nKAb8pLuf5cHUAiWtLCb89IKOmW3IPSyaj_HjEZlWTBDoru-j26TA6KDJdhJQaCmXkb_In8RGmI_Ewjq2z_U2wG2pnIQedvxrI/s1600/cartaz+certo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn3YnG9tPXVDVPV-fDSvEciudauRhtpVMWIEYzFCb8d-nKAb8pLuf5cHUAiWtLCb89IKOmW3IPSyaj_HjEZlWTBDoru-j26TA6KDJdhJQaCmXkb_In8RGmI_Ewjq2z_U2wG2pnIQedvxrI/s320/cartaz+certo.jpg" width="192" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Marcha das Vadias - Maringáhttp://www.blogger.com/profile/11303521093216116134noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2632071100602130218.post-67121345564540182912013-07-20T07:22:00.000-07:002013-08-04T11:27:08.380-07:00CENSURA MACHISTA NO FACEBOOK<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIZvcGNJJP2KvemSBTYlFrKdAvjW7AECtuDqv_OeVTLoy-Q7Tg8joYdI7MIuVNjF2PfeTcEDDPuMyG-BFXV6caKEZfPHFkxfYyWRTkTy-45HNSgleh6ai2oRv5meSMxB3DHaw8EyYniihW/s1600/MARCHA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIZvcGNJJP2KvemSBTYlFrKdAvjW7AECtuDqv_OeVTLoy-Q7Tg8joYdI7MIuVNjF2PfeTcEDDPuMyG-BFXV6caKEZfPHFkxfYyWRTkTy-45HNSgleh6ai2oRv5meSMxB3DHaw8EyYniihW/s320/MARCHA.jpg" width="226" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333969116211px; line-height: 18.88888931274414px;">Maria Lacerda, Lélia Gonzalez, Suely Carneiro, Nísia Floresta e Josefina Álvares de Azevedo são a frente feminista homenageada no cartaz elaborado pela artista gráfica e artivista feminista Elisa Riemer, inspirado na obra ~pornográfica~ de Delacroix "A Liberdade Guiando o Povo".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333969116211px; line-height: 18.88888931274414px;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOz65yQ2PDzLMv_V7aK5uv-NR_lxzNmdoiYkFd1LyU3DA08Itj6G69muH_YnO_fgHZblfwgeIXvh7LkmsrHrs9Lbdbqu8Pceu0QcLA3sWhyphenhyphen6nXpBR7nCCY2AxuyVeVTBB_9WFCWPFYswcv/s1600/marcha+com+peito.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOz65yQ2PDzLMv_V7aK5uv-NR_lxzNmdoiYkFd1LyU3DA08Itj6G69muH_YnO_fgHZblfwgeIXvh7LkmsrHrs9Lbdbqu8Pceu0QcLA3sWhyphenhyphen6nXpBR7nCCY2AxuyVeVTBB_9WFCWPFYswcv/s320/marcha+com+peito.jpg" width="226" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333969116211px; line-height: 18.88888931274414px;">Releitura feita pela artista de sua própria obra em resposta à CENSURA do cartaz inicial pelo Facebook: as mesmas impávidas Maria Lacerda, Lélia Gonzalez, Suely Carneiro, Nísia Floresta e Josefina Álvares de Azevedo são a frente feminista homenageada mas aqui a Liberdade guia o povo sem o topless do Delacroix.</span></div>
Marcha das Vadias - Maringáhttp://www.blogger.com/profile/11303521093216116134noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2632071100602130218.post-34045918108720564482013-07-10T09:19:00.000-07:002013-08-04T11:27:38.629-07:00Violência contra a mulher: e nós com isso?<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A cada 16 segundos uma mulher é agredida por seu companheiro e <b>70%</b> das mulheres assassinadas foram vítimas
de seus próprios maridos (fonte: ActionAid Brasil). Segundo os dados do
SINAN (2011), <b>71,8%</b> dos incidentes
acontecendo na própria residência da vítima, o que nos permite entender que é
no âmbito doméstico onde se gera a maior parte das situações de violência
vividas pelas mulheres. A violência física é a preponderante, englobando <b>44,2%</b> dos casos. A psicológica ou moral
representa acima de <b>20%</b>. Já a
violência sexual é responsável por <b>12,2%</b>
dos atendimentos do SUS (Sistema Único de Saúde). A violência física adquire
destaque a partir dos 15 anos de idade da mulher. Já a violência sexual é a
mais significativa na faixa de 1 aos 14 anos, período que apresenta
significativa concentração.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Segundo os registros,
no ano de 2011 foram atendidas acima de 13 mil mulheres vítimas de violências
sexuais. Sem contar que de 2011 para cá, a porcentagem de violências sexuais
contra mulheres só aumentam. Entre os 84 países do mundo que divulgaram dados a
partir do sistema de estatísticas da OMS o Brasil, com sua taxa de <b>4,4</b> homicídios para cada 100 mil
mulheres ocupa a <b><span style="color: red;">7ª colocação</span></b>, como um dos países de elevados níveis de
feminicídio.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A violência contra a
mulher é considerada uma questão complexa, multifacetada que está diretamente
ligada ao machismo, que viola os direitos humanos, provocando danos à saúde física
e mental das vítimas, de suas famílias e da sociedade. Além disso, está
relacionada com as categorias de gênero, classe, etnia e suas relações de
poder, tendo em vista que um homem quando se sente no direito de agredir
fisicamente, psicologicamente ou sexualmente uma mulher, se sente superior a
ela, e ela não é nada além de um objeto no qual ele pode usufruir do jeito que
quiser.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">No âmbito do direito, infelizmente a maioria das legislações, incluindo
a brasileira, tradicionalmente primou por colocar homens e mulheres em
patamares desiguais. Iáris Ramalho
Cortês menciona que o Brasil já passou por 8 constituições, sendo a primeira em
1824, a segunda foi elaborada em 1891 em clima republicano, mas segundo as
palavras da autora:<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: xx-small;">[...] Só 112 anos depois da Independência é que foi
elaborada uma Constituição que consagrou explicitamente o princípio da
igualdade entre os sexos, proibindo diferença de salário para um mesmo trabalho
por razão do sexo e o trabalho das mulheres em indústrias insalubres. Garantiu
assistência médica e sanitária à gestante e descanso à mulher antes e depois do
parto. Com relação à família, a Constituição de 1934 criou um artigo
específico, afirmando que o casamento civil era indissolúvel. Estabeleceu que, se
celebrado perante autoridade competente, o casamento religioso teria os efeitos
do civil e definiu que a lei civil determinaria os casos do desquite e anulação
do casamento. Três anos antes, por Decreto, a mulher conquistara o direito de
votar e ser votada<a href="file:///C:/Users/Cibelle/Downloads/Viol%C3%AAncia%20contra%20a%20mulher.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: black; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Com isso percebemos o quão lento é o processo de democratização e
participação da mulher na política, inserção da mesma na sociedade. Um exemplo
disso é que só apenas em 2006 foi decretada uma lei que combate a violência
contra a mulher e dá visibilidade ao assunto.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A Lei n. 11.340 (Lei de Combate à Violência Doméstica) ou Lei Maria da
Penha, como ficou conhecida, conceitua a violência doméstica e familiar contra
a mulher e apresenta suas diversas formas: física, sexual, psicológica,
patrimonial e moral; aponta os locais de abrangência da lei: casa, trabalho,
relações de afeto ou de convivência presente ou passada; estabelece medidas de
assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e
familiar.<a href="file:///C:/Users/Cibelle/Downloads/Viol%C3%AAncia%20contra%20a%20mulher.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: black; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Seus principais objetivos são o de prevenir, educar, mudar comportamentos e
punir agressores. <o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><span style="line-height: 150%;">Essa lei também inclui a criação de Juizados Especiais e Centros de
Atendimento Multidisciplinares, núcleos de defensoria pública, casas-abrigos,
programas e campanhas de enfrentamento da violência doméstica e familiar, mas
na prática a Lei não funciona conforme foi formulada, deixando lacunas. Sem
contar que </span><span style="line-height: 150%;">o Brasil tem mais de <b>5.500 municípios</b> e apenas: <b>375</b>
Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher; <b>115</b> Núcleos de atendimento; <b>207</b>
Centros de Referência (atenção social, psicológica e orientação jurídica); <b>72</b> Casas Abrigo; <b>51</b> Juizados Especializados em Violência Doméstica; <b>47</b> Varas Adaptadas. Ou seja, percebemos
que as políticas públicas no que diz respeito as mulheres no Brasil, são pouco
eficazes e poucos municípios contam com um atendimento especializado volta as
mulheres.</span><span style="line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b><span style="line-height: 150%;">E nós, o que temos a ver com isso? O que
podemos fazer para que o número de violência contra mulher diminua? </span></b><span style="line-height: 150%;">Primeiramente precisamos estar conscientes
que nenhuma mulher é objeto, e está a mercê de seu companheiro, filho, seja lá
qual seja o vínculo, nada justifica uma violência física muito menos a
violência sexual exercida. Segundo, não é a roupa que a mulher/menina usa que
vai dizer o que ela é ou o que deixa de ser. <b>Percebemos que muitos casos de estupros são justificados pelo tamanho
da saia, do vestido na qual a vítima estava vestida. Uma roupa curta não é um
convite ao estupro e não significa que essa mulher seja fácil. </b>Precisamos
descontruir essa ideia que foi socialmente construída que a mulher é fácil,
“vadia”, “biscate” pela roupa que está usando.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Em terceiro lugar, temos total autonomia como indivíduos de cobrar do
Ministério Público uma maior efetividade da Lei Maria da Penha, pois no papel
ela é muito bonita, mas na prática ela é ineficaz, as equipes
multidisciplinares não existem na maioria dos estados, as casas abrigos
encontra-se em situações precárias – isso quando existem, sem contar o
atendimento na Delegacia da Mulher, os/as funcionários/as na maioria das vezes
são despreparados, a todo tempo expõem as vítimas, não há um cuidado no
tratamento dessas mulheres que chegam à Delegacia para denunciar.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 274.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Perante a isso, cabe a nós mulheres e homens
lutarem para que o machismo vá por água a baixo, lutar para que as mulheres
sejam livres e não submetidas a situações de agressão, muito menos serem vistas
como objetos sexuais no qual qualquer um pode tocá-la sem permissão. <b><o:p></o:p></b></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 274.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div id="ftn1">
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 274.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: purple; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><b>Pelo fim da violência contra a mulher!!</b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" /></div>
<hr size="1" style="text-align: left;" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Cibelle/Downloads/Viol%C3%AAncia%20contra%20a%20mulher.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;"> CORTÊS, Iáris Ramalho. A trilha
legislativa da mulher. PINSKY, Carla Bassanezzi; PEDRO, Joana Maria (Org.).
Nova história das mulheres no Brasil.SP: Contexto, 2012, p. 261.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<div style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Cibelle/Downloads/Viol%C3%AAncia%20contra%20a%20mulher.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Ibid p.277</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoFootnoteText">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
</div>
<br /></div>
</div>
Marcha das Vadias - Maringáhttp://www.blogger.com/profile/11303521093216116134noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2632071100602130218.post-21257248396587826632013-07-03T14:51:00.001-07:002013-08-04T11:28:03.608-07:00Porque Marchamos ? <div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #a64d79; font-size: large;">MARCHANDO CONTRA A VIOLÊNCIA E EXCLUSÃO*</span></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="color: #a64d79; font-size: large;"><br /></span></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Mulheres,
nós precisamos mudar as palavras! Criar nossas próprias narrativas! É preciso
que a memória coletiva das mulheres violentadas, seja de modo simbólico,<span style="color: red;"> </span>físico ou ficcional, seja escrita para que não se
apague da história a grande catástrofe causada pelo patriarcado. Vamos criar
nossas próprias ficções, como propõe a bióloga feminista Donna Haraway.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Não
vamos ser reduzidas a carnes e pactuar do derramamento de outros sangues: das crianças,
idos@s e animais (para não esquecermos de Carol Adams). As narrativas feministas
no Brasil estão por serem contadas e reinventadas, pois, nos foram roubadas
algumas páginas de nossa história, como por exemplo, o desaparecimento das
obras de Maria Lacerda de Moura. Essa educadora, escritora e ativista feminista
teria desaparecido não fosse o esforço de algumas feministas como Margareth
Rago.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Teóricas
feministas brasileiras contemporâneas como Margareth Rago, Tânia Navarro-Swain,
Raquel Soihet escrevem e orientam teses, como a da companheira maringaense Célia
Selem, que escreveu sobre a filmografia feminista e feita por mulheres na América
Latina, lembrando a necessidade de empoderamento e de práticas propositivas
para as mulheres, seja no campo da Educação, da Ciência ou das Artes.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O
que mostram e o que narram, quais vozes nos parecem familiares nos filmes
recuperados pela tese da Célia Selem? Mesmo estando em locais diferentes com
idiomas distintos o que os filmes apresentam de semelhanças? As crianças
capturadas para a INDÚSTRIA da prostituição?<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Vejam
os dois últimos livros de Beatriz Preciado: “<i>Pornotopía, arquitectura y sexualidad em Plyboy” e “Testo Yonqui”. </i>Ambos
dialogam com as teorias feministas para discutir o local do corpo feminino nas práticas
sociais. No primeiro, a emergência da indústria do sexo e suas mutações para
acompanhar o valor de mercado irmanado às práticas clandestinas de tráfico de
drogas e de corpo nas zonas fronteiriças. A violência contra as mulheres se faz
de modos sempre renovados, ressemantizados e com ares de negociação social. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A
violência física, reforçada pela violência verbal, como por exemplo, o insulto,
a injuria, a fixidez de uma identidade é o redemoinho que trouxe o Movimento Internacional
da Marcha das Vadias para o centro dos grandes movimentos urbanos por direitos
sociais. Um levante feminista, de mulheres e pessoas contra a violência sexista
com a dimensão das Marchas das Vadias significa que a violência está
acontecendo em grande escala, não fosse isso, não haveria por que protestar.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Vadia
é a reapropriação de um insulto. Guacira Lopes Louro, educadora feminista, diz
isso sobre a palavra <i>queer, </i>como
propõem as teorias sobre sexo, sexualidade e gênero e os movimentos LGBT. A
palavra vadia é usada para insultar as mulheres, principalmente quando estamos
em uma situação contrária aquela preconizada pela classe dos homens, vale
lembrar Gayle Rubin, ou ler a entrevista dela com Judith Butler. Tomar as
palavras para ironizar é o que Linda Hucheton nomeia de “Política da Ironia”.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Quantas
aqui já sofreram um tipo de violência física porque estavam em situação
socialmente construída para excluí-las do espaço social? Quantas andando pela
rua para cumprirem suas jornadas de estudo ou trabalho levaram uma mãozada na
bunda, nos peitos, na chana?<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A
palavra chana, no Brasil ganhou dimensão política no período de lutas
anti-ditadura militar. Na década de 1980, uma das mais difíceis para quem era
uma lesbiana em São Paulo ou Rio de Janeiro, tinha uma ação policial chamada
Operação Sapatão. Daí um grupo muito ousado, de jovens feministas, algumas como
a militante anti-ditadura militar, a Roseli Roth, criaram o Grupo de Ação
Lésbico-Feminista - GALF que criou o Jornal e depois o Boletim “ChanaComChana”.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Essa
turma de jovens feministas era muito ousada para época, era linda e
revolucionária, criou um material que dialogava com as escritas e ativistas
feministas de vários locais do mundo. Então falar em “ChanaComChana” era uma
afronta para uma sociedade heteronormativa que ainda representa a lesbiana como
MULHER FEIA, solteirona, mulher que ninguém quer, sapatona, mulher-macho,
virada, virago e muitos outros Nomes dessa Coisa chamada LESBOFOBIA, de mais
essa mulher coisificada. Enfim, mais uma violência sexista gerada pela
incapacidade da sociedade heterormativa (termo wittiguiano) em aceitar a
existência de relações em que a presença de um homem seja insignificante ou
recusada. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Para
a feminista francesa, escritora e roteirista de cinema, Monique Wittig as
lesbianas não são mulheres. Pois, se recusam justamente entrar no binarismo
hierárquico de dominação dos homens sobre as mulheres (vide Simone de Beauvoir).
Mas, as movimentações feministas não recuaram diante das novas artimanhas dos
poderes diluídos e até mesmo incorporados pelas mulheres. Exemplo disso foram
as críticas as representações binaristas entre lesbianas e a reprodução dos
pares que repetem a mesma desigualdade hierárquica retratada nos papéis sociais
de mulheres e homens. As mulheres reduzidas ao sexo e os homens ao conhecimento
e racionalidade.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Contra
os domínios do racismo o feminismo negro na voz dos subúrbios reclama a
presença das mulheres subalternizadas, duplamente oprimidas, escravizadas,
usadas como máquina de trabalho para o senhor da sociedade patriarcal e
colonialista. As feministas negras, que a exemplo de Sueli Carneiro, uma das
criadoras do Geledés Instituto da Mulher Negra, pelejam contra essa dupla
violência; o sexismo e o racismo.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">E
as agricultoras, as mulheres campesinas será que travam alguma batalha contra o
patriarcado? No caso do Brasil é muito ilustrativa e poética a manifestação
campesina. Retomemos o exemplo da Marcha das Margaridas, votada como a mais
bela em uma edição da Marcha Mundial das Mulheres. As pequenas agricultoras são
fortes no braço e garra de quem vai de sol a sol colher e plantar e colher e
transformar e nutrir e saber do saber e dos sabores do verde e da terra. Elas denunciaram
os casos de triplas jornadas de trabalho.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Vadias
somos todas nós que lutamos por um mundo menos sexista, um mundo onde nossas
narrativas não sejam apagadas dos textos escolares e da memória coletiva.
Vadias somos nós que somos jovens ou não, de diferentes classes, etnias e
orientações sexuais, que somos mães, esposas, filhas e companheiras.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Eis
as mulheres feministas! São as esquecidas pela história oficial, apagadas nas
artes, as ignoradas, as violadas... Vamos lhes dar voz e vez lendo, dialogando,
denunciando, contando-nos umas com as outras e outros que são contra a violência
sexista. Violência que mata milhares de jovens e crianças, que rapta suas vidas
para a indústria da prostituição, para sustentar os cafetões que se esgueiram
pelas esquinas. Violência que leva milhares de jovens para os cemitérios e para
os hospitais. Ser feminista é lutar contra o sexismo, a violência patriarcal e a
carnificina denunciada pelas Marchas.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Porque
Marchamos? Porque queremos viver e ter os mesmo direitos sociais.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Á
luta que as ruas, também, são nossas!!!<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Somos
todas Vadias!<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">*
Excerto da fala apresentada na mesa: “Porque Marchamos”, pela Drª Patrícia
Lessa em 05 de junho de 2012 para o evento de abertura das atividades da I
Marcha das Vadias de Maringá</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">. <o:p></o:p></span></div>
Marcha das Vadias - Maringáhttp://www.blogger.com/profile/11303521093216116134noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2632071100602130218.post-2832387984139669282013-07-02T10:34:00.000-07:002013-07-02T10:41:46.089-07:00Estatuto do Nascituro, um retrocesso.<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"><b>Que bixo é este?</b></span><span style="color: #cc0000;"><o:p></o:p></span><br />
<span style="color: #cc0000;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 117.75pt; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 117.75pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Trata-se de um projeto de lei criado no
ano de 2007 que trata especificamente dos direitos do nascituro. Por
este, entende-se o ser humano concebido, mas ainda não nascido, o embrião.
Neste projeto, aprovado no ano de 2013 pela Comissão de Finanças e que<span style="background-color: white;"> segue para análise da Comissão de Constituição e
Justiça</span>, constitui-se crime a interrupção da gravidez pela mãe mesmo em
casos de violência sexual (estupro) e má formação cerebral do feto. Em casos de
violência, a mãe não poderia interromper a gestação e o Estado garantiria o
pagamento de uma bolsa mensal equivalente a um salário mínimo para criança até
que ela completasse a maioridade civil. Caso identificado o agressor este
ficaria responsável em pagar a pensão para a criança, caso contrário o Estado
se responsabilizaria.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Em termos de direitos humanos e da
mulher, o projeto significa um retrocesso na história. O direito ao
aborto em casos de violência sexual é um direito da mulher desde 1940. Muito se
lutou, até que se fosse possível realizar o procedimento pela rede pública de
saúde. Além disso, o projeto retira do agressor a culpabilidade pela violência
cometida e a transfere para a vítima do abuso que será obrigada a gestar o feto
fruto da agressão. É evidente que se tal estatuto for aprovado o índice de
mortalidade entre as mulheres por abortos ilegais irá aumentar, uma vez que as
vítimas não poderão realizar o procedimento na rede pública de saúde e irão
procurar por métodos alternativos. Importante salientar ainda que serão
mulheres de baixa renda as maiores afetadas, uma vez que as com poder
aquisitivo maior continuariam a realizar o procedimento na rede privada, que já
o faz a muito. Vale lembrar ainda que, atualmente no Brasil no SUS é
possível realizar o procedimento de interrupção da gravidez em casos de estupro
e de risco para a gestante. Com o estatuto em vigor, qualquer gravida que
estivesse passando por algum aborto espontâneo estaria sob investigação da
polícia, uma vez que estaria infringindo os direitos do nascituro. Algumas
perguntas surgem no seio deste debate. Com a implantação do projeto, o Estado
<u>garantiria a segurança da criança nascida vitima desta atrocidade? </u>Esta, estaria segura de que não iria sofrer nenhuma violência física ou
psicológica por parte do agressor? E ainda,<u> o Estado estaria pronto para nos garantir de que as mulheres
vítimas de violência sexual não seriam estupradas novamente, mesmo o agressor sendo trazido para perto delas</u>? <u>Estaria o Estado
institucionalizando com este projeto as relações incestuosas? </u>Pois, como é
sabido casos de estupro ocorrem muitas vezes no seio da própria família. Logo,
o agressor seria pai e avô da criança nascida? Como ficariam estas questões? São perguntas que cabem ao
Estado nos responder e que nos levam a ter a certeza do retrocesso de tal
projeto.<span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="color: #4c1130; font-family: Verdana, sans-serif;">**Para ler o projeto na íntegra , <a href="http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=443584&filename=PL+478/2007">clique aqui </a> . </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="color: #4c1130; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">Pela não aprovação do Estatuto do Nascituro!!</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-large;">Vamos todxs vadiar!</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Marcha das Vadias - Maringáhttp://www.blogger.com/profile/11303521093216116134noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2632071100602130218.post-1958947484880743432013-06-24T19:24:00.000-07:002013-06-25T20:05:37.760-07:00<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></div>
<h2 style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-large;"> II MARCHA DAS VADIAS DE MARINGÁ: PELO DIREITO AO PRÓPRIO CORPO !</span></h2>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Neste ano temos
muitas questões efervescentes sobre os direitos das mulheres, tanto no aumento
das reivindicações quanto no processo de retrocesso que as pautas feministas
vêm sofrendo paralelamente à grande invasão da política pelos fundamentalismos
religiosos misóginos, homofóbicos e à reação de outros setores conservadores
altamente machistas da sociedade brasileira . É no sentido de conscientizar, denunciar
e combater a mentalidade machista presente tanto nos órgãos governamentais como
na sociedade civil e no cotidiano da população que este ano Maringá marchará
novamente contra o machismo!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> A Marcha das Vadias
vai acontecer pela segunda vez em Maringá não só para denunciar as várias
violências contra as mulheres, mas sobretudo para desnaturalizar e questionar as
diversas formas de manifestação dessas violências: as diferenças que nos
colocam como subjugadas a homens ou instituições de histórico masculinista
dependente ou independentemente das classes sociais a que pertencemos; As
violências moral e psicológica que fragilizam, limitam, amedrontam e adestram
as mulheres; A violência simbólica dos padrões de beleza que ignoram as
particularidades das mulheres e querem uniformizá-las de acordo com o mercado
econômico da moda, das intervenções cirúrgicas e que as nega o direito de
envelhecer; Da mídia que está sempre produzindo e reproduzindo esses padrões de
beleza, vendendo pela imagem e pelas piadas os corpos das mulheres como se eles
sempre estivessem a serviço do sexo e principalmente a serviço dos homens e
somente as mulheres consideradas “bonitas” devessem ser respeitadas; A violência contra os direitos trabalhistas dos serviços domésticos, a cultura de
não cooperação masculina nos cuidados com filhxs; Violência da configuração patriarcal de
família; A violência da humilhação
infinita dxs profissionais do sexo como se merecessem ser vítimas de violências
apenas por oferecerem serviços a um mercado masculino que acredita que deva
dispensar a elxs toda a sua cultura de violência e má-educação sexual; A violência obstétrica, dentre outras.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Essa é uma marcha
por respeito às mulheres e pela liberdade das mulheres. Em especial pela
liberdade de fazermos uso do nosso corpo segundo nossas próprias decisões, uma
liberdade que está retida não só nas mãos do machismo do senso comum, como
também nas mãos do machismo das autoridades políticas, dxs profissionais
despreparadxs das delegacias da mulher, das secretarias da mulher, das
prefeituras, dos hospitais, dxs magistradxs, dxs professorxs e de todas as
instituições em que o debate sobre a efetiva igualdade de gênero ainda não
chegou, com o argumento tapado de que já temos o nosso espaço social e que o
que reivindicamos é frívolo ou uma outra forma de desigualdade em que queremos
sobressair às figuras masculinas. Viemos relembrar: Meu corpo é meu! <br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Gostaríamos que essa frase fosse
redundante, mas a autopropriedade nos é negada tanto por essas diversas formas
de violência, quanto quando as religiões ou Estado se autorizam a decidir
quando e sob quais condições as mulheres devem dar à luz a crianças; Quando
alguns políticos conservadores querem fazer uso do Estado para priorizar os
direitos do feto em detrimento dos direitos da gestante, obrigar a mulher a ter
vínculos com o estuprador que causou sua gravidez e criminalizar suas decisões
sobre seu próprio corpo neste (<a href="http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=443584&filename=PL+478/2007">Leia aqui o projeto de Lei do Estatuto do Nascituro na íntegra!</a></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">) ou em outros casos;
Quando as religiões sacralizam um feto e endemonizam a gestante que escolhe,
por motivos econômicos ou não, não levar a gestação adiante; Quando ambos não
garantem às mulheres sequer o direito de escolha. Meu corpo deve ser meu, e deve
sê-lo de uma forma revolucionária, porque [historicamente] nunca foi!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Nosso corpo nos é negado também quando
nos negam a liberdade não só de fazer sexo com quem quisermos, mas apenas
quando quisermos, sem que seja pra fins procriativos, assim como desde sempre
fazem os homens. As mulheres podem gostar de sexo, sentir prazer com sexo e
escolher então quem lhes permita senti-lo, seja com homem ou mulher, seja
consigo mesma ou seja também com ninguém, quando e se assim preferir! Nossa sexualidade
não deve ser motivo para que nos desrespeitem e não diz respeito a ninguém
além de nós mesmas!</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Viemos
propor não somente uma reinterpretação do termo “vadia”, mas também uma revisão
das políticas de igualdade de direitos entre homens e mulheres, propor a
mudança na forma de entender os feminismos, para repensarmos nossas reais
condições sociais. O nosso direito ao próprio corpo também nos é negado por
todas as pessoas que rejeitam de pronto todos os feminismos ao argumentarem que
eles beneficiam apenas as mulheres. Nos é negado por todas as pessoas que justificam
agressões, mortes e estupros de mulheres e que ignoram quantas violências
sofremos pelo simples fato de sermos mulheres. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<!--[if !supportLineBreakNewLine]-->
<!--[endif]-->
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> A nossa
autopropriedade também nos escapa quando precisamos cuidar de nossas
vestimentas para que outras pessoas não se apropriem violenta e forçosamente do
nosso corpo, quando consideram que qualquer forma de exposição do nosso próprio corpo põe à prova tanto nosso
autorrespeito, como nosso valor como seres humanos que somos, nosso intelecto,
nossa liberdade de ir e vir e nossa liberdade de escolha.</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> É também nosso direito o de reivindicar nosso próprio corpo da forma que melhor expresse nossa indignação! Se isso choca, ficam ainda mais evidentes o conservadorismo e o pudor da sociedade com relação ao exercício da sexualidade das mulheres bem como de sua liberdade e igualdade diante dos homens!</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> A II Marcha das
Vadias de Maringá pode ser também a festa da liberdade de </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">gênero, ser o escândalo
de homens e mulheres quererem uma igualdade efetiva e entenderem o quanto ainda
falta para as mulheres serem entendidas e respeitadas em sua igualdade. Deve
ser uma oportunidade de reivindicarmos nossa demandas diante das mentalidades
que coisificam os corpos e que dessa forma os mantém como propriedade
patriarcal, marital, religiosa ou estatal.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="font-family: Verdana, sans-serif; text-indent: 35.4pt;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; text-indent: 35.4pt;"> </span><b style="font-family: Verdana, sans-serif; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: large;">Nem Estado, nem religião e nem
marido: NOSSO CORPO NOS PERTENCE!</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"> </span><br />
<b><br /></b><span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br />
PELA NÃO APROVAÇÃO DO ESTATUTO DO NASCITURO!<br /><br />
</b></span></span><br />
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>PELO FIM DAS VIOLÊNCIAS CONTRA AS MULHERES!</b></span></span><b style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;"><br /></b><br />
<b style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;"><br /></b>
<b style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">QUANDO UMA MULHER AVANÇA, NENHUM HOMEM RETROCEDE</b><span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;">!</span><br />
<span style="color: purple; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/Dv6IkNTfOro?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<div>
<br /></div>
Marcha das Vadias - Maringáhttp://www.blogger.com/profile/11303521093216116134noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2632071100602130218.post-74555212646296461652013-06-12T10:27:00.003-07:002013-06-24T19:42:37.387-07:00A luta continua!<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-ub4fg-v7F0GtkeNUbXGtPmVQn81cFuKTha-TZgWZiXA50OId5OWr_Gro4DdvkcgPj2WHDVlK5QbwdCI9Koi_vEPe4X6vAXHEjtlGjD93qCHYG1nsgNUjQwv83KQHNQ68liDrVWg_h5pL/s1600/blog.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-ub4fg-v7F0GtkeNUbXGtPmVQn81cFuKTha-TZgWZiXA50OId5OWr_Gro4DdvkcgPj2WHDVlK5QbwdCI9Koi_vEPe4X6vAXHEjtlGjD93qCHYG1nsgNUjQwv83KQHNQ68liDrVWg_h5pL/s320/blog.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
No dia 10 de junho de 2012 Maringá contou com a <b>1º Marcha das Vadias</b>, no qual centenas de mulheres e homens foram às ruas monid@s de cartazes, palavras de ordem e muita indignação com a situação na qual as mulheres são tratadas/vistas no Brasil e no mundo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A luta não acabou! </div>
<div style="text-align: justify;">
Temos consciência que nas últimas quatro décadas os movimentos feministas travaram muitas lutas e alcançaram muitas vitórias. Só que o machismo continua vigente, o patriarcado continua sendo um padrão na sociedade atual e infelizmente essa situação tem feito milhares de vítimas. A taxa de mulheres estupradas tem aumentado, as Políticas Públicas voltadas para as mulheres não promovem campanhas contra o machismo; a violência contra a mulher é uma realidade e na maioria das vezes é colocada de lado pelas autoridades, não é visto como um problema social e a efetividade da Lei Maria da Penha é praticamente inexistente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sem contar o fato das mulheres não terem direito de decidir o que fazer com o SEU próprio corpo, não possuirem o direito ao aborto livre e seguro!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tendo em vistas esses aspectos dentre outros, no dia <b>03 de agosto de 2013 será realizado em Maringá a 2º Marcha das Vadias</b>, a qual continuará a reivindicar a liberdade, a autonomia, o RESPEITO a todas as mulheres, sejam elas brancas, negras, heterossexuais, lésbicas... - e o fim de toda e qualquer OPRESSÃO que colocas as mulheres em posição de subalternas na sociedade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entre os dias 17 a 26 de julho acontecerá diversas discussões, oficinas, exibição de filmes como atividades integrantes da Marcha das Vadias.</div>
<div style="text-align: justify;">
Os detalhes das mesas de discussões, oficinas e etc serão divulgados nesse blog.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não esqueça, no dia <b>03 de agosto</b> Maringá irá marchar contra o machismo, preconceito e a opressão!</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="color: red;">Vem pra luta, que a luta cresce.</span></b></div>
Marcha das Vadias - Maringáhttp://www.blogger.com/profile/11303521093216116134noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2632071100602130218.post-41006261258289798532012-06-05T06:27:00.002-07:002012-06-05T06:29:20.460-07:00Evento de Abertura da Marcha das Vadias<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjYbj5LNg9vzVIGILJz6XnXnjfoBjmWd4Q0-u7aO8urVU8BGezFpT_kYyAX85CnVTHL0ySKC9KKFy2QgmGsBerhRfVe9O8X_mGrny6MsCGN-t490J8C0H_IDDRitNaMVgr1WNQDjvx_moB/s1600/porque.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjYbj5LNg9vzVIGILJz6XnXnjfoBjmWd4Q0-u7aO8urVU8BGezFpT_kYyAX85CnVTHL0ySKC9KKFy2QgmGsBerhRfVe9O8X_mGrny6MsCGN-t490J8C0H_IDDRitNaMVgr1WNQDjvx_moB/s640/porque.jpg" width="372" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
Evento de Abertura à Primeira Marcha das Vadias de Maringá:</div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><b>"Por que Marchamos?"</b></span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
TERÇA-FEIRA, 05/06 </div>
<div style="text-align: left;">
No Auditório do bloco F67 - UEM</div>
<div style="text-align: left;">
<b>19H30MIN</b></div>
<div style="text-align: left;">
Mesa: </div>
<div style="text-align: left;">
Profa Dra. Patrícia Lessa (DFE-UEM)</div>
<div style="text-align: left;">
Profa Dra. Eliane Maio (DFE- UEM)</div>
<div style="text-align: left;">
Érika Andreassy (Pesquisadora do ILAESE)</div>
<br />Marcha das Vadias - Maringáhttp://www.blogger.com/profile/11303521093216116134noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2632071100602130218.post-68556674126218490952012-06-05T05:58:00.000-07:002012-06-05T05:58:09.946-07:001ª Marcha das Vadias Maringá - Panfleto Divulgação!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilCdjOI2BrRP8DMbN-8w1ZbgqvOTx41E2kQYFQQAFuvxbqtEWouvxLzbQqLQZaCsFemK3uOX7bIRMqdXtYmoWcU4n34ZsN7qdMh0OTjXZPxnFhsNPwnYI7NPfNKhsiYQgx9U3g3Gli-7We/s1600/marcha_das_vadias.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilCdjOI2BrRP8DMbN-8w1ZbgqvOTx41E2kQYFQQAFuvxbqtEWouvxLzbQqLQZaCsFemK3uOX7bIRMqdXtYmoWcU4n34ZsN7qdMh0OTjXZPxnFhsNPwnYI7NPfNKhsiYQgx9U3g3Gli-7We/s320/marcha_das_vadias.jpg" width="218" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRXLx6p2Nv1ceCe04W0Y51j5IfTXYnukBFpiwQWk0shBG3cDTPbffheFZ9tipznjwrXLjhIRA-e88tHjUEll0iYVhLr-HpkVdKspu60VwaJNJZFHFm76xDTndMKaKpsi7Uh7GzcPFAeNH2/s1600/marcha_das_vadias_verso.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRXLx6p2Nv1ceCe04W0Y51j5IfTXYnukBFpiwQWk0shBG3cDTPbffheFZ9tipznjwrXLjhIRA-e88tHjUEll0iYVhLr-HpkVdKspu60VwaJNJZFHFm76xDTndMKaKpsi7Uh7GzcPFAeNH2/s320/marcha_das_vadias_verso.jpg" width="218" /></a></div>
<br />
<br />
<br />Marcha das Vadias - Maringáhttp://www.blogger.com/profile/11303521093216116134noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2632071100602130218.post-58222542872032441992012-06-04T18:22:00.000-07:002012-06-04T18:22:33.250-07:00Marchar é Preciso<br />
<div style="text-align: center;">
Maringá, Maringá</div>
<div style="text-align: center;">
Para havê felicidade.</div>
<div style="text-align: center;">
É preciso que agressor</div>
<div style="text-align: center;">
Não vá batê em nenhum lugá</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Maringá , Maringá</div>
<div style="text-align: center;">
Amélias, e Genis</div>
<div style="text-align: center;">
Operárias, universitárias</div>
<div style="text-align: center;">
Marcham para falá</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Vá- dia de violência física, e sexual</div>
<div style="text-align: center;">
Vá-dia de violência psicológica, e moral</div>
<div style="text-align: center;">
Vá-dia de machismo, patriarcalismo</div>
<div style="text-align: center;">
Vá-dia cheio de falso eufemismo</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Vá-dia da palavra mal usada</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Marchar conta a opressão</div>
<div style="text-align: center;">
Vestidas ou não</div>
<div style="text-align: center;">
E sobre o véu da razão</div>
<div style="text-align: center;">
Por todo cidadão</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
É hora de aproveitar a boa ideia</div>
<div style="text-align: center;">
Do planalto a Campinas</div>
<div style="text-align: center;">
Dos que varam as noites </div>
<div style="text-align: center;">
Ou Labutam antes das Matinas </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Nem Amélias, nem Genis</div>
<div style="text-align: center;">
Nem santas , nem putas</div>
<div style="text-align: center;">
Mulheres que imploram CPI s</div>
<div style="text-align: center;">
Mulheres que vão as lutas</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Por justiça permanente, não de Giz</div>
<div style="text-align: center;">
Para as amarelas, brancas , negras</div>
<div style="text-align: center;">
Pelas marcas na alma, pela cicatriz</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Maringá, Maringá</div>
<div style="text-align: center;">
Cidade Verde, Cidade Canção</div>
<div style="text-align: center;">
Não podem deixar suas mulheres na mão</div>
<div style="text-align: center;">
Aquelas cansadas de tanto chorá</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Maria do Ingá, Maria do Povo</div>
<div style="text-align: center;">
Povo de Ingá, Povo de Maria</div>
<div style="text-align: center;">
Marche junto com as “Vadias”</div>
<div style="text-align: center;">
Por respeito todos os dias</div>
<br />
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
Caroliny Trajano</div>Marcha das Vadias - Maringáhttp://www.blogger.com/profile/11303521093216116134noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2632071100602130218.post-46354967671611176372012-06-04T09:39:00.001-07:002012-06-04T09:39:32.639-07:00Vem Vadiar!Vídeo com depoimentos coletados no Restaurante Popular de Maringá. Uma reflexão sobre os conceitos de "machismo" e "vadia", muito utilizados na Marcha das Vadias.<br />
<br />
<br />
<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/S3WNX15zEHg?rel=0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Marcha das Vadias - Maringáhttp://www.blogger.com/profile/11303521093216116134noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2632071100602130218.post-3002941125618861302012-06-04T06:33:00.002-07:002012-06-04T19:50:33.545-07:00Manifesto Marcha das Vadias Maringá<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Manifesto – Marcha das Vadias
em Maringá (PR)</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="NoSpacing" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 14.25pt;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2632071100602130218" name="_GoBack"></a><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2632071100602130218"></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A marcha das Vadias nasceu em resposta ao
depoimento de um policial na Universidade de Toronto, sobre segurança no campo
universitário. Em sua fala infeliz, o policial defendia que para se defender de
estupros as mulheres não deveriam se vestir como "vadias" (<i>sluts</i>).</span><span style="color: #222222; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Como se a culpa da violência fosse da vítima, causando grandes
mobilizações pelo mundo contra esse os estereótipos das vítimas de preconceito.
A Marcha das Vadias chegou ao Brasil e foi realizada em diversos estados e
cidades, como em Curitiba (2011) e recentemente em Londrina.</span><span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">A
palavra vadia não soa de forma bonita, pois não é intenção da Marcha
utilizar-se de eufemismos baratos, mas sim polemizar! Manter o nome é apoiar a
causa. Assim como a violência que ocorre devido o machismo não é um assunto
agradável aos ouvidos e aos nossos corpos.</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><i>Por que marchamos no Brasil? </i></span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Marchamos
porque o nosso país ocupa, vergonhosamente, o 7 º lugar em homicídio de
mulheres; porque a cada 15 segundos uma mulher é agredida em algum canto do
país; porque três a cada dez mulheres já foram agredidas; porque nos últimos 30
anos, mais de 91 mil mulheres foram assassinadas! </span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><i>E por que marchamos em Maringá?</i> </span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Nossa
cidade é conhecida como “cidade modelo”, cidade sem pobreza (favela), sem violência.
Quando a mídia nos reforça a pergunta “mas por que em Maringá”, questionamos:
por que NÃO em Maringá? Será que aqui não tem violência de gênero, doméstica,
sexual, moral, etc? Aqui não há <b>machismo</b>?</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Maringá
não está em uma bolha e isenta de todos os problemas que assolam o mundo. A
luta de classes, a exploração e a opressão estão presentes em qualquer ponto do
globo. Mas em nossa cidade, que tenta transparecer uma perfeição hipócrita, o
que acontece é a ocultação de casos na qual nós, mulheres, somos vítimas cotidianas.</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Como
podemos esquecer-nos da menina Márcia, estuprada e morta por um criminoso com
nome de Natanael Búfalo? Como podemos fechar os olhos aos constantes casos de
estupro e agressões que aparecem na televisão e são tratados de forma tão
leviana? </span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Sabemos
que neste momento há um homem em Maringá a qual já fez sete vítimas mulheres,
todas prostitutas. Por que isso não é divulgado? De certo, o ideal é esconder
os cadáveres do que assumir que Maringá, a cidade com o maior símbolo religioso
da América Latina (Catedral) tenha tantas prostitutas para já terem sido mortas
SETE e nada tenha sido feito ou dito até agora.</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-size: small;"><b> Por isso nós, mulheres de Maringá e
região, marchamos!</b></span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Para
que sejamos todas e todos respeitadas (os) sempre. Pela penalização e
extermínio de todos os tipos de violência seja ela física, institucional,
moral, psicológica, sexual, doméstica, por negligência e de gênero. Porque toda
e qualquer violência é por si só ilegítima. </span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Marchamos
por políticas públicas e leis efetivas, pela igualdade material no plano da
realidade cotidiana. Nós, maringaenses, possuímos uma delegacia especializada,
uma Vara especializada, e até mesmo uma secretaria para Políticas Públicas
voltadas à Mulher. Mas onde estão os dados das violências sofridas? </span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Marcharmos
pela Transparência dos atos públicos e de interesse da comunidade; contra toda
a corrupção que inviabiliza o acesso a direitos fundamentais, como educação, <b><span style="font-weight: normal;">a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o
lazer, a segurança, a previdência social, o acesso a informação, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma do art. 6 da
nossa Constituição. Porque somos iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza!</span></b></span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><b><span style="font-weight: normal;">Marchamos
para que as denúncias de violência possam ser feitas com respaldo psicológico às
vítimas e preparo dos agentes que as atendem, para que não haja humilhação e
sofrimento às mulheres ao denunciar.</span></b></span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><b><span style="font-weight: normal;">Marchamos
para que seja feito registros nos órgãos de saúde das lesões corporais sofridas
e suas causas, pelo acompanhamento da vítima.</span></b></span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Marchamos
pelo direito ao aborto legal e seguro, pois em período de 4 meses (2010), 72
mulheres maringaenses foram internadas no SUS por complicações de aborto; em
todo o Paraná, esse número sobe para 9.241! Aborto legal e seguro é uma questão
de saúde pública.</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Para
a conscientização da necessidade de se proteger das DSTs, a viabilização desta
proteção e tratamentos disponíveis no SUS, sem tem que ser violada (o),
humilhada (o) para ter acesso ao tratamento.</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Marchamos
contra o racismo, que inferioriza o ser humano pela cor de sua pele! Na nossa cidade,
que possui quase 71% de sua população na cor branca, as mulheres negras e
mulatas, além da opressão de gênero, sofrem a opressão étnica, possuem menores
salários, as piores condições de trabalho, precárias condições de acesso a
saúde. </span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Marchamos
por um sistema de cotas também raciais na Universidade Estadual de Maringá, já
que as cotas sociais não incluem a população negra e pobre no Ensino Superior.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Para
que as Universitárias Mães tenham direito a vagas na creche dentro do campus da
Universidade Estadual de Maringá, e demais instituições de ensino superior,
onde possam deixar seus filhos e filhas em segurança enquanto dão continuidade
aos seus estudos.</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Pelo
fim da negligência com as indígenas, mulheres que há mais de quinhentos anos
sofrem agressões e estupros como arma do genocídio social e cultural de nossos
povos.</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Marcharmos
em nome das mulheres idosas, que tem seu estatuto baseado no das crianças e adolescentes,
idosos não são crianças e não são incapazes. Merecem atenção especial do Estado
para garantir que estas não sejam exploradas, maltratadas, como todos os
direitos que garantam qualidade de vida. Para que viúvas possam voltar a ter
relacionamentos afetivos o quanto desejarem sem serem julgadas por isso.</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Marchamos
contra o tráfico e exploração sexual de mulheres e homens, meninos e meninas.
Pelas crianças, contra a pedofilia, pela priorização de uma educação descente,
com acesso a cultura. </span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Marchamos
pela igualdade de salários entre mulheres e homens, por credibilidade em cargos
de chefia às mulheres.</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Para
que o trabalho Do Lar seja reconhecido e valorizado como os demais trabalhos
braçais, pelo respeito e direitos trabalhistas a estas mulheres.</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">E
que o trabalho doméstico dentro de casa não seja somente uma obrigação
feminina! Que haja justa divisão das tarefas domiciliares nas famílias onde
ambos trabalham, e não a dupla jornada (super exploração) da mulher!</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Marchamos
para que a responsabilidade da criação das crianças seja tanto da mãe quanto do
pai, com participações equivalentes.</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Marchamos
em defesa das mães solteiras, das mulheres que criaram seus filhos e filhas
sozinhas, das mulheres divorciadas que sofrem de preconceito de diversos tipos.</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Por
relações livres! Sejam monogâmicas ou poligâmicas, fora da lógica da
propriedade privada do outro, pelo respeito às relações das mais diversas
crenças e religiões.</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Pelo
respeito e seriedade no tratamento à violência contra as prostitutas, maiores vítimas
da exploração capitalista do corpo e da opressão machista; pela não ocultação
dos casos de violência e homicídios de prostitutas (mulheres, travestis,
transexuais).</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Marchamos
contra estereótipos em geral e contra os estereótipos do sexo; onde você deve
se enquadrar em homem ou mulher, excluindo e marginalizando travestis,
transexuais, transgêneros, gays, lésbicas e bissexuais; ou excluindo do direito
de constituir família, e de expor carícias em público.</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Marchamos
contra a heteronormatividade!</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Pela
liberdade das mulheres em expressar e exercer sua sexualidade sem serem julgadas
como provocantes, “fáceis”, vulgares. Porque as que fazem sexo sem a proteção
do sagrado laço do matrimônio estão contra a lei de Deus; porque loiras são
motivo de piadas, taxadas como burras; roupas ousadas não são sinônimas de
convite ao sexo! Simpatia e gentileza não são sinônimas de “estou de dando mole”;
ter a mente aberta não significa ser libertina.</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Marchamos
por utilizarem nossa imagem na mídia como mero objeto sexual! Nossos corpos não
são mercadoria!</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Porque
homens são cobrados a todo instante a provar sua masculinidade, não podem
chorar, nem demonstrar carinho por pessoas do mesmo sexo, obrigados a gostar de
esportes, possuir uma boa carreira, jamais serem sustentados pela esposa, são
obrigados a se alistarem ao serviço militar, pouca visibilidade a sua saúde
como se não ficassem doentes, pois são taxados como os seres “fortes”. Pela
igualdade de gênero!</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Marcharmos,
enfim, contra o machismo, reproduzido em atitudes preconceituosas a todo
instante, enraizadas no útero da sociedade, assim como a mulher não gosta do
papel de submissa, certamente o homem não deveria gostar do papel de
opressor. </span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Marcharmos
para que o feminismo não seja confundido com sexismo, não há gênero superior,
não é vingança, não há “machismo ao contrário”. É a tomada de consciência da
posição de subordinação de gênero, uma luta por direitos básicos e respeito a
todas e todos.</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Marchamos,
pois a marcha das vadias é um instrumento a serviço da transformação do mundo e
da emancipação do gênero humano. Lutamos para que todo tipo de discriminação
seja extinta junto aos antigos conceitos decretados à mulher.</span></div>
<div class="NoSpacing" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Afinal
“o pessoal é político” (Carol Hanisch), e tanto os conceitos e as práticas
morais como as sociais continuam cúmplices do machismo. O movimento não é só da
mulher; em toda a sociedade nada ocorre isoladamente, a história acontece em
conjunto, movimentos sociais estão interligados. E a emancipação da mulher, só
ocorrerá com a superação do sistema capitalista, com a libertação do gênero
humano, quando todos estiverem livres dos padrões e dos patrões, e ter como
escolher para si o que lhe for melhor.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"> Se
ser LIVRE é ser vadia, somos TODAS vadias.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>Marcha das Vadias - Maringáhttp://www.blogger.com/profile/11303521093216116134noreply@blogger.com2